Na menopausa diversas alterações fisiológicas acontecem no organismo da mulher. A diminuição do nível de estrogênio somado ao envelhecimento gera uma redução da massa muscular e da força, principalmente dos membros inferiores, o que pode levar a uma limitação quanto à mobilidade e autonomia funcional. Tal fator associado a uma diminuição na coordenação motora natural do envelhecimento resulta em uma caminhada mais lenta.
Nessa fase, também ocorre um aumento da deposição de gordura na região abdominal, aumentando o risco de doenças cardíacas. Além disso, a diminuição na síntese de estrogênio auxilia na dificuldade da entrada de cálcio no osso, aumentando o risco de osteoporose e fraturas. Após a menopausa, as mulheres perdem de 3% a 5% de sua massa óssea por ano.
A prática de atividade física é fundamental para todos, porém merece maior atenção e dedicação após a menopausa, pois traz benefícios em todos os aspectos fisiológicos naturais que ocorrem, uma vez que auxilia no ganho e na manutenção de massa muscular e força, utiliza gordura como fonte de energia, auxilia a retardar a perda de massa óssea e melhora a postura.
As atividades mais indicadas são aquelas que geram prazer ao praticante, lembrando que exercícios aeróbicos são mais eficazes na utilização de gordura como fonte de energia e na melhora do trabalho cardíaco, enquanto os resistidos auxiliam na manutenção e aumento da força e massa muscular. Quanto à saúde esquelética, podemos retardar a perda de massa óssea natural através da prática de atividades que suportem o peso do próprio corpo, como por exemplo, caminhada, dança e corrida. Porém, no caso de indivíduos que possuem alto risco de fratura, são indicadas atividades que não suportem o peso corporal, como natação, bicicleta e hidroginástica.
Os alongamentos são indispensáveis e devem ser realizados todos os dias, independentemente da prática de atividade física, pois auxiliam no relaxamento muscular, aliviando tensões e evitando possíveis lesões. Portanto, alongue sempre que possível a musculatura que mais lhe incomoda. Não espere a dor aparecer para se lembrar de alongar. Não se preocupe com a intensidade do exercício, e sim com a regularidade, pois tornando a prática regular, a intensidade aumentará naturalmente.
Paula de Toledo Cardoso, educadora física do Hospital Israelita Albert Einstein