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Relacionamentos: tato sem contato

Relationship

A vida atual nos impele para condutas práticas, para a economia de tempo, e muitas vezes nos leva a privação dos relacionamentos existentes.

Muitos já se depararam com a seguinte situação: gostaria de visitar meus pais, amigos, mas não sobra tempo, sempre estou no prejuízo, quando acho que terei um tempo livre logo entra alguma outra obrigação do tipo ir ao supermercado para fazer as compras, levar o filho no médico, participar de uma reunião na escola dos filhos, etc.

Como consequência há a tendência em minimizar os contatos pessoais, fazendo com que estes contatos fiquem restritos ao telefone ou em muitas vezes as mensagens trocadas durante o dia ou as redes sociais. Conseguimos chorar, rir, se espantar através da troca de mensagens.

O modo de vida atual pode nos fazer sentir próximos de quem temos pouco contato e distantes de quem temos contato muito próximo.

Aí vem a pergunta: Qual a importância sobre a forma da comunicação, afinal estamos nos comunicando, nós estamos em contato, estamos resgatando antigos amigos, continuamos nos importando com os outros, só tivemos que adaptar para a vida cotidiana!

A questão é que talvez estejamos perdendo um pouco da capacidade de se colocar no lugar do outro, a capacidade de ter empatia, de se identificar com o outro ou em uma metáfora “calçar o sapato do outro e experimentar as mesmas sensações”.

A maneira como as pessoas se colocam nas redes sociais é como se tivesse falando ao vento, agressões, insultos são colocados da mesma forma como são colocados os elogios, parece que não estamos falando ou escrevendo para outra pessoa, é como se não houvesse o outro que tem uma maneira de pensar, uma forma de sentir. São formados alguns clãs e ou você pertence ao clã ou você é inimigo e como inimigo não há possibilidade de convivência. Como consequência observamos que torcidas de futebol de times diferentes não podem mais estar juntas, a rivalidade do campo é levada ao âmbito pessoal, estamos perdendo a capacidade de conviver com o diferente e isto é muito perigoso.

Estar em contato com pessoas faz com que existe a percepção de uma reação em tempo zero, no aqui e agora e como nós, seres humanos, somo seres sociais, nós modulamos nosso comportamento para podermos conviver com as pessoas. É importante manter os relacionamentos pessoais, a convivência, achar tempo para encontrar a família e amigos, fazer com que eles sejam também uma prioridade. É muito mais difícil expressar sentimentos presencialmente, falar o que pensamos ou sentimos cara a cara, porque sempre teremos a reação do outro imediatamente. Resgatar a convivência interpessoal é um ensinamento diário de que somos feitos de carne e osso, que temos personalidades diferentes, pensamentos diferentes, mas que podemos conviver com as diferenças, se colocar no lugar do outro, respeitar, ser respeitado e com isso promover ambientes mais positivo para sociedade.

 

Ana Merzel - Foto. Ramede Felix

Ana Merzel – Foto. Ramede Felix

Por: Ana Merzel, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein

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REFUÁ - Saúde, cura TSEDAKÁ - Solidariedade humana, filantropia, justice social. CHINUCH - Educação; a melhoria do ser humano por meio do conhecimento e do estudo. MITZVÁ - Dever de cumprir boas ações Refuá, Tsedaká, Chinuch e Mitzvá são os valores da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Esses quarto preceitos advindos do judaísmo nortearam a fundação da Sociedade, orientam suas ações no presente e direcionam sua expansão future. Da mesma forma, foram o ponto de partida para a criação dos três Pilares: Hospital; Ensino e Pesquisa; Responsabilidade Social.

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